segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O dia D

Dia 05 de fevereiro de 2009, véspera da cirurgia de bypass intestinal.

Trabalhei normalmente, fui para casa tomar um banho, preparei a minha malinha, tomei uma sopinha leve e lá fui eu para o hospital.

A cirurgia do bypass seria feita na manhã seguinte bem cedinho, portanto eu iria dormir no hospital.

Chegando lá, me ofereceram uma sopinha bem gostosa, assinei uns papéis que faltavam e me preparei para dormir. Mas que nada! Minha cabeça funcionava velozmente, repassando os últimos dias de correria e providências tomadas! Aí, começaram a vir os questionamentos: Será que eu tinha tomado a melhor decisão? Será que não seria melhor ficar gorda e com o peso aumentando indefinidamente? Será que o sacrifício valeria mesmo a pena?

Aí, racionalizei a coisa: Conheci diversas pessoas que já haviam se submetido a cirurgia do bypass intestinal com o Dr. Jose Lazzarotto e todas estavam se sentindo muito bem, felizes por terem tomado a decisão de se operar. Vi várias fotos de "antes" e "depois".

Se mais de 2.000 pessoas já haviam sido operadas com sucesso, porque a minha iria dar errado? Eu não tenho nenhum quadro de saúde complicado, não havia porque preocupar-me. Então, fiquei bem calminha e dormi a noite toda.

No dia seguinte, bem cedinho, as enfermeiras me acordaram e pediram que eu tomasse um banho sem molhar a cabeça e colocasse a camisola do hospital, sim aquela mesma que tem uma abertura enorme e que não esconde nada.....
Tomei um banho, vesti a dita cuja e fiquei aguardando virem me buscar.

Aí veio a maca e os enfermeiros e lá fui eu rodando pelos corredores do hospital até o centro cirúrgico. Bateu um medinho mas pensei: Agora não dá mais para recuar, é só ir em frente! Vai dar tudo certo!

Na sala de cirurgia, os médicos e enfermeiras foram se apresentando para mim. Aí veio o anestesista e me perguntou se eu estava bem, eu disse que sim, só que estava com medo do dreno no nariz e que se fosse possível, eu queria ficar sedada quando eles estivessem colocando o dreno em mim. Ele me disse para ficar tranquila.

Ouvi quando o doutor disse que estavam iniciando a minha cirurgia as 09:00 hs. Depois dormi e acordei várias vezes. Tudo muito tranquilo e sem dor.

Ouvi no final que a cirurgia tinha corrido muito bem, perfeita! Me deram os parabéns!

Eu peguntei se tinha acabado e disseram que sim!

Fiquei na recuperação, mas nem me apercebi disso. Cheguei no quarto por volta de 13:30 hs, bem grogui. Me lembro de ter visto meus familiares levantando para me ver. Foi muito bom ver todo mundo lá! A gente se sente querida!

Quando me mudaram da maca para a cama, veio o bendito enjôo, bem chatinho. Acabei sujando a pobre da enfermeira que estava ao lado da cama. A gente fica sem graça mas fazer o quê?

Pedi desculpas, bem sem graça... Ela foi super amável, disse para não me preocupar, que alguns pacientes enjoavam por causa da anestesia.

Aí me ligaram num aparelhinho dedo-duro que denunciava se a oxigenação não estivesse boa. Aí é que o Respiron faz a diferença. Se você fizer, recupera logo a oxigenação e o aparelhinho não apita e você pode dormir tranquilamente.

A primeira noite foi meio chatinha confesso, mas é só na primeira noite, depois tudo melhora muito! Podem acreditar!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

O Respiron

Quando o Dr. Jose Lazzarotto me passou os pedidos de exames, explicou que eu deveria exercitar os meus pulmões com aparelhinho chamado Respiron. Recomendou muito que eu fizesse os exercícios, que sem fortalecer os pulmões não seria possível a cirurgia de bypass intestinal.
Lá fui eu atrás do Respiron. Ele é bem baratinho, paguei R$20,00, e parece um brinquedo. Tem três bolinhas azuis dentro e você tem que chupar o ar com força e fazer as bolinhas subirem. Tem três níveis de dificudade e o objetivo é alcançar o nível três.
Gente, é muito importante mesmo fazer o tal Respiron. Não ignorem essa recomendação, pois isso vai ser muito útil no pós-operatório.
Quanto mais pesada a pessoa, mais importante se torna fazer o Respiron, deixando os pulmões bem fortes!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Marcando a cirurgia

Marcada a consulta, mil expectativas vinham a minha cabeça. Será que eu poderia mesmo fazer a cirurgia? Eu estava com 27 Kg a mais do que o necessario e o pior, aumentando a cada dia...
Fui ao consultório e conheci o Dr. Jose Lazzarotto, que me atendeu com muito carinho e simpatia. Na sala de espera, tive o prazer de conhecer a D. Vera, sua esposa, também muito simpática.
Na consulta, ele perguntou sobre o meu histórico familiar, sobre as minhas expectativas, porque eu queria fazer a operação. Eu respondi a tudo e perguntei-lhe se poderia fazer a cirurgia. Ele disse que sim. Pessoas com 20 Kg de sobrepeso já podem se submeter a técnica. Meu histórico familiar também aconselhava a cirurgia.
Então ele me deu um pedido com um monte de exames. Pediu que eu fizesse todos sem exceção e voltasse lá com os resultados.
Eu, que já estava razoavelmente decidida, saí de lá com certeza total de que iria fazer a cirurgia. Tirei todas as minhas dúvidas e pude verificar que não havia nenhum mistério ou aspecto que viesse a prejudicar a minha qualidade de vida após a cirurgia.
Peguei as minhas guias de exame e fui à luta! De todos, o que mais me angustiava era a endoscopia. Nunca tinha feito uma e só de pensar que iriam enfiar um tubo na minha boca, já ficava apavorada. Mas enfrentei meu medo e fui em frente. Chegando lá, verifiquei que se pode fazer a endocospia sedada. Que alívio!!! Não senti absolutamente nada.
No dia 29/01/2009, com os resultados na mão, voltei ansiosamente ao consultório. Agora, eu queria marcar a cirurgia o mais breve possível, resolver esta questão logo.
O Dr. José Lazzarotto analisou aquela montanha de papéis e eu ali ansiosa esperando o veredicto.
Ao final, ele declarou que minhas condições de saúde estavam ótimas para fazer a cirurgia, que foi marcada para o dia 06 de fevereiro de 2009!
O Dr. me deu uma lista de coisas para comprar e o tempo era pouco. Além disso, tinha que organizar a minha vida pessoal e profissional para uma parada de trinta dias. Foi uma correria, mas no final tudo deu certo.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A Escolha

Depois de pensar bastante sobre o assunto, resolvi considerar seriamente a opção de me operar. Confesso que já andava cansada de sempre ter de fazer dietas severas a vida inteira, além dos exercícios físicos, é claro. Houve uma época em que eu ia todos os dias para a Academia. O máximo que conseguia era estabilizar o peso.
Então fui pesquisar na internet, esta maravilhosa janela para o mundo!
Encontrei dois tipos de cirurgia para obesidade: A de redução do estômago e a do Bypass do Dr. Jose Lazzarotto, que é feita no intestino delgado.
Bem, a questão então era decidir por qual da duas. Procurei pessoas que se operaram pelos dois jeitos e perguntei como se sentiam. Todas disseram estar muito bem, mas no detalhe, observei que a cirurgia do estômago afetava muito mais a vida no pós-operatório.
Observei que as pessoas comiam pouquíssimo, caso contrário passavam mal. E eu adoro comer! Acho que é um dos prazeres da vida! Achei muito radical. Outra coisa que observei, é que estas pessoas tinham que ingerir um monte de vitaminas e complementos alimentares, caso contrário, corriam o risco de ficar com osteoporose e diversos outros problemas de insuficiência de nutrientes.
Já as que se operaram pelo outro método, tinham vida absolutamente normal, comendo de tudo e evitando apenas gorduras para que o intestino não ficasse solto. Tinham também que ingerir uma quantidade razoável de água nas refeições, mas não havia risco de qualquer tipo de deficiência alimentar.
Então, me decidi pelo Bypass intestinal, por entender que esta cirurgia iria me dar uma qualidade de vida melhor.
Corri para marcar uma consulta com o Dr. José Lazzarotto!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A dúvida: Faço ou não faço?

Eu já vinha pensando no assunto da cirurgia havia pelo menos uns seis meses. Meu peso no último ano disparou em ascenção maluca e de repente perdi meu guarda-roupa, minha auto-estima e meu nível de alegria com a vida desceu alguns graus.
Sempre lutei muito com a balança, me cuidando, fazendo dieta, exercícios etc etc. Mas mesmo com todo o esforço, nunca consegui muito sucesso. Ganhava as vezes alguns comentarios do tipo, voce esta se auto-sabotando, voce não tem força de vontade. Ainda bem que era só as vezes.
Via várias pessoas ao meu redor comer muito doce sem engordar e pensava, caramba, se eu comesse um terço do que esse cidadão come, iria ser muito mais gorda do que já sou.
De qualquer forma, como sou vaidosa, nunca deixei a peteca cair. Sempre procurei me arrumar e usar roupas que me favorecessem, me maquiava, arrumava o cabelo, tudo para que a minha auto-estima ficasse num nível melhor.
Também havia outro aspecto preocupante. A questão da saúde. Meu histórico familiar contém vários problemas relativos a diabete, gordura infiltrada no fígado, pressão alta, artrite, dores nos pés e por aí vai. Fiquei pensando: Será que vou esperar tudo isso aparecer em mim para fazer a operação ou faço já, preventivamente? Faço ou não faço?